Adolescente de 16 anos tem parada cardíaca por 10 minutos e sobrevive sem sequelas no Paraná

POR Thais Cabral | 01/08/2025
Adolescente de 16 anos tem parada cardíaca por 10 minutos e sobrevive sem sequelas no Paraná

Foto: Reprodução

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Um adolescente de 16 anos sobreviveu a uma parada cardíaca de aproximadamente 10 minutos e surpreendeu a equipe médica ao se recuperar sem qualquer sequela neurológica. O caso ocorreu em 7 de maio deste ano, em uma arena de esportes em Paranavaí, no noroeste do Paraná.

 

Enzo Henrique Barbosa de Souza estava no local com amigos e familiares quando teve um mal súbito. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ele se senta em uma cadeira e, segundos depois, desmaia com o coração parando de bater. Pessoas próximas demoraram alguns instantes para perceber o que havia acontecido.

 

A primeira ambulância foi acionada às 18h18, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou em quatro minutos. Uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel também foi enviada ao local. Enzo foi intubado e recebeu medicações. Cerca de 10 minutos após o início das manobras de reanimação, o coração voltou a bater.

 

“Cada minuto conta. Quanto mais rápido o coração volta a bater, menores as chances de sequelas. Conseguimos reverter o quadro após 10 minutos de reanimação”, explicou a médica socorrista Amanda Dal Col.

 

Durante o atendimento, familiares e amigos se ajoelharam e rezaram no local. Ao todo, foram 26 minutos desde o colapso até a chegada ao hospital. Enzo ficou internado por 13 dias, sendo nove deles na UTI. A principal preocupação dos médicos era com possíveis sequelas neurológicas, mas, ao ser retirado dos sedativos, o adolescente despertou em boas condições.

 

“Tem várias pessoas que perdem a vida em episódios assim. Eu fui um milagre”, declarou Enzo.

 

Diagnóstico raro

 

Após exames detalhados, a equipe médica identificou que Enzo possui uma condição chamada miocardiopatia hipertrófica, doença genética que causa o aumento anormal da musculatura do coração, especialmente na região do ventrículo esquerdo, e que pode levar a arritmias e paradas cardíacas.

 

“É uma condição rara, que acomete cerca de 1 a cada 500 brasileiros. No caso dele, houve uma hipertrofia discreta, mas suficiente para desencadear o evento”, explicou o cardiologista João Henrique Clasen.

 

Para prevenir novos episódios, Enzo recebeu um Cardiodesfibrilador Implantável (CDI) — um dispositivo semelhante a um marca-passo, capaz de identificar arritmias graves e aplicar choques elétricos para restaurar o ritmo cardíaco.

 

A recuperação do adolescente é considerada um caso raro e bem-sucedido. Agora, ele segue com acompanhamento médico e novas rotinas para garantir a saúde do coração.

 

 

*Informações G1 

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