Foto: MARCELLO CASAL JRAGÊNCIA BRASIL
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma nova norma que proíbe instituições financeiras sem autorização específica de utilizarem os termos “banco” ou “bank” em seus nomes, marcas, domínios e qualquer forma de apresentação ao público. A medida, divulgada pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (28), já está em vigor.
A restrição atinge principalmente fintechs e empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros, mas que não possuem licença formal para atuar como banco. Segundo o BC, o uso inadequado desses termos pode induzir consumidores a interpretar equivocadamente o tipo de serviço prestado.
Em nota, o Banco Central destacou: “Será vedado às instituições utilizar termos que sugiram atividade ou modalidade de instituição para a qual não tenham autorização de funcionamento específica.”
A regra está detalhada na Resolução Conjunta 17/2025 e vale para nomes empresariais, nomes fantasia, marcas, domínios de internet e demais formas de comunicação ao público. O texto também prevê exceção para conglomerados financeiros: fintechs que pertencem a grupos que possuam ao menos um banco autorizado poderão manter o uso da nomenclatura.
Adequação obrigatória em até um ano
As instituições em desacordo com a nova norma terão 120 dias para apresentar ao BC um plano de adequação, com cronograma detalhado. O prazo máximo para concluir todas as mudanças é de um ano.
De acordo com o diretor de Regulação do Banco Central, Gilneu Vivan, a atualização busca aumentar a clareza para o consumidor e reforçar a segurança do sistema financeiro. “Há novos modelos de negócio em que o nome utilizado não corresponde ao serviço autorizado. Isso pode gerar confusão ao cliente e risco ao sistema”, afirmou.
Impacto no setor financeiro
A estimativa do BC é de que entre 15 e 20 instituições deverão ser diretamente impactadas pela medida. Entre os casos mais conhecidos está o Nubank, que possui autorizações como instituição de pagamento, sociedade de crédito e corretora de valores, mas não como banco. A empresa afirmou que avalia a nova regulação e que seus serviços seguem funcionando normalmente.
A decisão ocorre após uma consulta pública realizada entre fevereiro e maio deste ano, parte de um esforço para padronizar nomenclaturas e aumentar a fiscalização sobre instituições financeiras, diante da expansão das fintechs no mercado brasileiro.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada.
03/12/2025
Mega da Virada: por que brasileiros insistem em apostar nos mesmos números todos os anos
Histórico dos sorteios revela padrões que despertam curiosidade, mas especialistas explicam por que eles não aumentam as chances de ganhar.