Foto: CNN Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta quarta-feira (26) que, se estivesse no Brasil durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, estaria "preso até hoje" ou "morto". A fala ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar ele e outros sete nomes réus por envolvimento em tentativa de golpe.
“Fui para os EUA, graças a Deus, porque se estivesse aqui no 8 de janeiro, estaria preso até hoje. Ou morto, que eu sei que é o sonho de alguns aí. Eu, preso, vou dar trabalho”, disse Bolsonaro a jornalistas.
Na terça-feira (25), ele acompanhou o início do julgamento no STF. No dia seguinte, permaneceu no gabinete do senador Flávio Bolsonaro, seu filho, ao lado de aliados.
A Primeira Turma do STF aceitou integralmente a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), com voto favorável do relator Alexandre de Moraes, seguido por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Além de Bolsonaro, também viraram réus Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, general Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Durante a entrevista, Bolsonaro negou ter articulado qualquer plano golpista. “Se tivesse qualquer objetivo, não deixaria os indicados do presidente Lula assumirem”, afirmou, mencionando encontro com o atual ministro da Defesa, José Múcio.
A denúncia aponta crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e destruição de patrimônio público e tombado.
Com a abertura da ação penal, o processo entra na fase de instrução, com coleta de depoimentos e provas. Ao final, o STF julgará a culpabilidade ou absolvição dos réus.
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