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Quase metade dos trabalhadores brasileiros enfrenta altos níveis de estresse no dia a dia, revela levantamento da consultoria Gallup. Segundo o estudo State of the Global Workplace, 46% dos profissionais brasileiros relataram estar estressados, enquanto 25% afirmaram sentir tristeza e 18% lidam com raiva no ambiente de trabalho.
O levantamento avaliou 128 mil pessoas em mais de 160 países, permitindo um comparativo regional. Entre os países da América Latina, o Brasil aparece entre os quatro com maiores índices de tristeza e raiva, e ocupa o sétimo lugar em estresse.
Outros países latino-americanos registraram níveis ainda maiores de estresse: Bolívia (55%), República Dominicana (51%), Costa Rica (51%), Equador (50%), El Salvador (50%) e Peru (48%). Paraguaios (34%) e jamaicanos (35%) foram os menos estressados da região.
Em relação à raiva, o Brasil perde apenas para Bolívia (25%), Jamaica (24%) e Peru (19%). Na tristeza, os brasileiros aparecem atrás de Bolívia (32%), El Salvador (26%) e Jamaica (26%).
Fatores externos influenciam fortemente esses índices. A complexidade do ambiente de trabalho, a dinâmica econômica e a precarização das relações laborais — como o aumento da pejotização — contribuem para o desgaste emocional. Trabalhadores em regimes instáveis, com alternância frequente entre emprego e desemprego, enfrentam maior vulnerabilidade e dificuldade de proteção legal contínua.
Além disso, eventos globais recentes, como a pandemia de Covid-19, intensificaram o impacto sobre a saúde mental, aumentando sentimentos de alerta constante, preocupação e irritabilidade.
Embora emoções como raiva, tristeza e estresse possam ser desconfortáveis, especialistas apontam que elas são informações importantes sobre o ambiente de trabalho e sinais para promover mudanças, em vez de problemas a serem ignorados. Estratégias como mindfulness, meditação, gestão da atenção e fortalecimento de relações saudáveis são recomendadas para reduzir o impacto negativo desses sentimentos no dia a dia.
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