Foto: Reprodução / Redes Sociais
O Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu o uso de anestesia geral, sedação ou bloqueios anestésicos periféricos para a realização de tatuagens no Brasil. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (28) e vale para procedimentos de qualquer porte e em todas as regiões do corpo.
A única exceção é para tatuagens recomendadas por médicos como parte de tratamentos de reconstrução corporal, como no caso de pacientes que passaram por cirurgias.
A nova regulamentação surge após a morte de um empresário de 46 anos, em Itapema (SC), no início deste ano. Ele teria recebido anestesia geral antes de fazer uma tatuagem. Casos como esse se tornaram populares entre famosos que optaram por sedação ou anestesia para realizar longas sessões, como os cantores Igor Kannário e MC Cabelinho e a influenciadora Rafaella Santos.
De acordo com especialistas, a prática é arriscada e deve ser restrita a ambientes hospitalares. A anestesiologista Esthael Cristina Querido Avelar explica que a anestesia geral inibe a respiração espontânea do paciente, exigindo controle total da via aérea e suporte com aparelhos de ventilação. "Se houver dificuldade no acesso à via aérea, pode haver hipoxemia — falta de oxigênio nos tecidos", afirma.
Além disso, medicamentos anestésicos podem causar queda brusca de pressão e frequência cardíaca. Outro risco comum é a broncoaspiração, quando alimentos do estômago atingem os pulmões caso o paciente não esteja em jejum adequado antes do procedimento.
O anestesiologista George Miguel Goes, do Hospital Israelita Albert Einstein, reforça que o tempo do procedimento também aumenta os riscos. “Quanto maior o tempo de sedação ou anestesia, maior a quantidade de medicação usada e, consequentemente, maior o risco para o paciente”, explica.
Diferença entre sedação e anestesia geral
Com a nova medida, o CFM visa preservar a segurança dos pacientes, evitando que procedimentos estéticos, como tatuagens, sejam realizados com métodos invasivos e arriscados sem necessidade médica.
Com informações de g1.
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