Foto: Reprodução / Redes Sociais
Os irmãos Emicida e Evandro Fióti, fundadores da LAB Fantasma, estão no centro de uma briga judicial que marcou o fim da parceria profissional entre os dois. O rompimento foi anunciado por Emicida na última sexta-feira (28), e envolve acusações mútuas relacionadas à gestão e às finanças da empresa.
A disputa tramita na 2ª Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem de São Paulo. De um lado, Fióti afirma ter sido afastado de forma unilateral da administração da empresa, com bloqueio de acessos e revogação de procuração. Do outro, Emicida justifica a medida alegando tentativas de proteger a empresa de irregularidades supostamente cometidas pelo irmão.
Segundo o processo, Fióti sustenta que sempre atuou em igualdade com Emicida e que as movimentações financeiras feitas sob sua gestão foram transparentes e previamente acordadas. Ele cita ainda um acordo formal assinado em dezembro de 2024, que previa a divisão igualitária dos ativos e a gestão compartilhada da LAB.
Já Emicida, sócio majoritário e administrador formal desde 2014, alega que decidiu afastar o irmão após atitudes consideradas prejudiciais à empresa, como dedicação reduzida às atividades da LAB e movimentações financeiras significativas sem sua autorização. Ele também cita saques e transferências não autorizadas que somam cerca de R$ 6 milhões, além da quebra de confiança e risco de esvaziamento patrimonial da companhia.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (1º), Fióti negou qualquer desvio de recursos, defendeu a lisura de sua atuação e criticou a divulgação de informações distorcidas sobre o processo. “Evandro reafirma seu compromisso com a verdade, a transparência na gestão e o respeito à história construída junto à LAB Fantasma”, diz a nota.
A LAB Fantasma tem quase 16 anos de trajetória e sempre esteve diretamente ligada à carreira de Emicida. Ao longo dos anos, Fióti foi o principal responsável por representar os interesses artísticos do irmão. A empresa se consolidou como uma referência no mercado cultural brasileiro, atuando nas áreas de música, moda e conteúdo. A CNN entrou em contato com as partes envolvidas, mas até o momento não obteve retorno.
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