Brasil

CNJ AUTORIZA JUÍZES A EMITIR DECISÕES ESCRITAS POR IA

POR Redação | 19/02/2025
CNJ AUTORIZA JUÍZES A EMITIR DECISÕES ESCRITAS POR IA

Foto: Freepik

O

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou novas diretrizes para o uso de inteligência artificial (IA) pelo Poder Judiciário, permitindo que minutas de decisões judiciais sejam geradas por ferramentas de IA generativa. No entanto, a norma estabelece que tais textos deverão passar por interpretação, verificação e revisão por um magistrado, que continuará plenamente responsável pelas decisões emitidas.

 

"Ninguém será julgado por robô", enfatizou o conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, que coordenou a elaboração da norma.

 

Entre as diretrizes estabelecidas, está a prevenção de vieses discriminatórios. O uso de IA para classificar ou ranquear pessoas com base em seu comportamento ou situação social está proibido, assim como a avaliação de traços de personalidade ou comportamentos para prever a possibilidade de crimes.

 

A nova resolução resulta de um grupo de trabalho criado pelo CNJ em 2023 para atualizar normas anteriores, já que a regulação de 2020 não previa a redação de decisões judiciais com IA.

 

O regulamento define IA generativa como sistemas capazes de criar ou modificar significativamente textos, imagens, áudio, vídeo ou códigos de software, incluindo chatbots como o ChatGPT e o DeepSeek. No entanto, a norma permite que os próprios tribunais desenvolvam e treinem suas soluções internas com base em suas necessidades.

 

Atualmente, o Judiciário brasileiro conta com cerca de 140 projetos que exploram o uso de IA, sendo que 63 sistemas já estão operacionais em 62 tribunais. As principais aplicações incluem a busca e agrupamento de casos similares, além da classificação de documentos.

 

Entre as iniciativas em fase de implementação, destaca-se o MarIA, sistema de IA generativa do Supremo Tribunal Federal (STF), lançado em dezembro de 2023. Inicialmente, o MarIA auxilia na elaboração de resumos de votos e relatórios, além de sugerir respostas para petições de reclamação constitucional.

 

A resolução do CNJ permite que tribunais desenvolvam suas próprias ferramentas ou contratem soluções disponíveis no mercado, desde que respeitem os critérios de segurança e transparência. Caso um tribunal não forneça uma solução institucional, magistrados podem contratar ferramentas individuais, desde que sigam os critérios estabelecidos pelo CNJ.

 

Com informações de Agência Brasil.

Ciclo Notícias

Ciclo Notícias

Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada.

COMPARTILHE:

INSCREVA-SE

Cadastre seu e-mail e fique por dentro de todas as notícias do Brasil e do mundo com publicações realizadas pelos melhores jornalistas do Brasil. A plataforma inteligente do Ciclo Notícias oferece o melhor do conteúdo jornalístico exclusivo para você.

ENVIAR
Obrigado por se inscrever em nosso site. Aguarde novidades!
Ciclo Notcias
ACOMPANHE AS NOSSAS REDES