Foto: Reprodução Google
O Grupo Casas Bahia anunciou no domingo (29) um pedido de recuperação extrajudicial para reorganizar dívidas financeiras avaliadas em R$ 4,1 bilhões.
Os principais pontos do plano incluem estender o prazo de pagamento para até 72 meses (seis anos) e renegociar os juros para seguir o CDI, uma taxa padrão no mercado financeiro, mais uma taxa adicional de 1% a 1,5% ao ano.
A empresa terá um período de carência de 24 meses para começar a pagar os juros e de 30 meses para iniciar o pagamento do principal da dívida. Anteriormente, o prazo para quitar a dívida era de 22 meses, com uma taxa de juros 1,5 ponto percentual maior.
Os credores também poderão converter parte dos créditos em ações da empresa.
Este plano de recuperação é parte de uma transformação anunciada em agosto do ano passado, que incluiu o fechamento de até 100 lojas em 2023 e a demissão de mais de 6 mil funcionários. A reestruturação visa reduzir até R$ 1 bilhão em estoques, transferindo produtos de menor lucratividade para o marketplace online e mantendo nas lojas físicas os itens mais rentáveis.
A Casas Bahia garante que a recuperação extrajudicial não afetará outras dívidas operacionais com fornecedores e parceiros, que continuarão sendo pagas regularmente.
Com a reestruturação da dívida, a empresa espera melhorar seu fluxo de caixa em R$ 4,3 bilhões nos próximos quatro anos, com R$ 1,5 bilhão já em 2024. A nova estrutura também deve melhorar a perspectiva de crédito e trazer flexibilidade nas relações com fornecedores e futuros credores.
O presidente da Casas Bahia, Renato Franklin, reiterou o compromisso da empresa em melhorar a eficiência e produtividade, mantendo o foco na rentabilidade e no fluxo de caixa.
Fonte: G1
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada.