Foto: Reprodução
Mesmo após ser condenado a mais de oito anos de prisão por propagar conteúdos discriminatórios, o humorista Leo Lins retornou aos palcos em São Paulo com o espetáculo “Enterrado Vivo”. A apresentação ocorreu no Teatro Gazeta, na Avenida Paulista, e contou com cerca de 720 pessoas, lotando o local.
Durante o show, Lins ironizou sua própria sentença judicial e manteve o tom provocativo, com piadas sobre temas sensíveis como racismo, deficiência, obesidade, HIV, pedofilia e até nazismo. Um dos momentos mais polêmicos da noite foi uma nova piada envolvendo a cantora Preta Gil, com quem o humorista já teve um processo judicial por danos morais. Relembrando o caso, ele mencionou o tratamento de câncer da artista de forma debochada, arrancando reações da plateia.
A apresentação, que durou cerca de 70 minutos, proíbe o uso de celulares — os aparelhos são lacrados na entrada a pedido dos advogados do comediante. A estratégia visa evitar novas gravações que possam gerar processos.
Leo Lins foi condenado pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo por um vídeo gravado em 2022, durante um show em Curitiba. O conteúdo, intitulado “Perturbador”, foi considerado ofensivo a diversos grupos sociais e chegou a ter três milhões de visualizações antes de ser removido do YouTube em agosto de 2023.
Apesar das controvérsias e das proibições, o humorista segue em turnê pelo país e usa a repercussão judicial como parte da divulgação do espetáculo. A sinopse do show reforça esse tom desafiador, mencionando a proibição em mais de 50 cidades, o bloqueio de suas redes sociais e os processos judiciais.
Em sua defesa, Leo Lins afirma que o que diz no palco faz parte de um personagem e que a tentativa de censura apenas amplia sua visibilidade: “Até surdo já me escuta”, ironizou.
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