Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou nesta quinta-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário.
O pedido faz parte da manifestação enviada ao STF para contestar as acusações contidas na denúncia sobre a suposta trama golpista, apresentada no mês passado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os advogados de Bolsonaro alegam que o acordo de colaboração de Cid não foi firmado de maneira voluntária e contestam sua veracidade.
“Verificou-se, então, tratar-se de colaboração premiada viciada pela absoluta falta de voluntariedade e de uma colaboração marcada pelas mentiras, omissões e contradições”, argumenta a defesa.
Além disso, os advogados pedem que o ministro Alexandre de Moraes deixe a relatoria do caso. A defesa sustenta que, conforme o princípio do juiz de garantias, o magistrado responsável pela fase de instrução do processo não deve ser o mesmo a proferir a sentença.
"Diante do exposto, requer-se que se reconheça a necessidade de distribuir os autos a um novo relator, antes do recebimento da denúncia, a fim de que sejam aplicadas, respeitadas as diferenças de rito, as regras do juízo de garantias nas ações penais originárias desse STF”, solicitaram os advogados.
Os advogados também afirmam que não tiveram acesso integral às provas e pedem que o julgamento seja realizado pelo plenário do STF, e não pela Primeira Turma.
O prazo para apresentação da defesa da maioria dos denunciados se encerra nesta quinta-feira (6). No caso do general Braga Netto e do almirante Almir Garnier, o prazo se estende até sexta-feira (7).
Após a entrega das manifestações, o STF deve agendar o julgamento da denúncia.
Com informações de Agência Brasil.
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