O deputado federal Gustavo Gayer (PL) chamou o ator Wagner Moura de “extremista” no último domingo (14), após o artista afirmar que a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) representou uma “vitória da democracia”. A decisão, proferida na última quinta-feira (11), considerou Bolsonaro líder de organização criminosa armada e culpado por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito no contexto dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Moura, que mora nos Estados Unidos e protagoniza o longa O Agente Secreto, indicado ao Oscar 2026, comentou o assunto em entrevista à BBC. “Nos festivais norte-americanos pelos quais o filme passou, a gente sentia uma certa tristeza dos americanos, quase uma inveja. Eles são incapazes de lidar com seus golpistas, enquanto o STF conseguiu uma vitória a favor da democracia”, disse.

A fala irritou apoiadores do ex-presidente. Em publicação no X (antigo Twitter), Gayer acusou Moura de “atacar Donald Trump e chamar os EUA de ditadura”, pedindo que o secretário de Estado Marco Rubio e outras autoridades norte-americanas “deem uma olhadinha nesse extremista”.

O ataque do parlamentar gerou reação imediata nas redes sociais, dividindo opiniões. Críticos apontaram tentativa de intimidação e cerceamento da liberdade de expressão, enquanto apoiadores de Gayer defenderam o parlamentar e classificaram o posicionamento de Moura como “antiamericano”.