Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados/09-07-2024
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (18) que irá se licenciar do cargo e permanecer nos Estados Unidos. Em comunicado divulgado pela Folha de S.Paulo, ele afirmou que essa foi a decisão “mais difícil da vida”, alegando que o Brasil vive um período de exceção. Eduardo também disse que buscará punições contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e manifestou receio de ser preso, assim como teme pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não é fácil saber que meu pai pode ser injustamente preso e talvez eu jamais tenha a chance de reencontrá-lo pessoalmente de novo. Não tenho dúvida de que o plano dos nossos inimigos é encarcerá-lo para assassiná-lo na prisão ou deixá-lo lá perpetuamente, assim como aconteceria com Donald Trump, caso não tivesse sido reeleito agora, em 2024”, declarou.
O parlamentar já estava nos EUA há mais de 15 dias. Na última semana, os deputados federais Lindbergh Farias (PT) e Rogério Correia (PT-MG) pediram ao STF a apreensão de seu passaporte, acusando-o de traição à pátria e tentativa de constrangimento de autoridades da Corte. No entanto, até o momento, não há mandado de prisão contra ele.
Além disso, Eduardo articulava para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, mas enfrentava resistência da oposição, que o acusava de conspirar contra o Brasil ao buscar apoio internacional contra Alexandre de Moraes.
Em um vídeo divulgado, ele reforçou sua decisão de licença afirmando que representará milhões de brasileiros. “Da mesma forma que assumi o mandato parlamentar para representar a minha nação, eu abdico temporariamente dele para seguir bem representando esses milhões de irmãos de pátria que me incumbiram dessa nobre missão.”
Eduardo Bolsonaro também destacou que sua licença será sem remuneração e que irá focar na busca por sanções contra o que chamou de “violadores de direitos humanos”. “Aqui, poderei focar em buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e a sua gestapo da Polícia Federal merecem”, concluiu.
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