O fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, causou grande repercussão nas redes sociais ao defender a unificação do Tocantins com o estado de Goiás. A declaração foi feita durante a participação dele em um podcast do próprio movimento e rapidamente se espalhou pela internet.

No vídeo, o dirigente político afirma que o Tocantins enfrenta uma crise política constante e não consegue manter governadores no cargo. Segundo Renan, desde 2003 o estado acumula instabilidade administrativa, com gestores afastados, investigados ou que não concluíram seus mandatos. Para ele, a estrutura política tocantinense seria “inviável”.

Ao justificar a proposta, Renan destacou o potencial econômico do estado, principalmente no agronegócio, mas defendeu que a administração conjunta com Goiás seria mais eficiente. “Tocantins é um estado maravilhoso, cresceu com a agricultura, mas Tocantins e Goiás deveriam ser a mesma coisa”, afirmou.

Entre os exemplos citados, ele mencionou o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que chegou a ser afastado do cargo por suspeitas de desvio de recursos públicos em contratos de compra de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19. O governador ficou fora da função por cerca de três meses, retornando após decisão liminar do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), posteriormente confirmada pela Corte.

Em tom crítico, Renan Santos classificou a criação do Tocantins como “artificial” e afirmou que o estado seria comandado por uma “elite política parasitária”. Segundo ele, a corrupção recorrente impediria qualquer estabilidade administrativa. “Não consegue manter um governador. Toda vez que entra um, cai por corrupção”, disse.

O fundador do MBL também questionou os custos da representação política do Tocantins no Congresso Nacional, citando o número de senadores e deputados federais. Para ele, a unificação com Goiás traria ganhos administrativos e econômicos não apenas para os dois estados, mas para o país. “Tocantins, volta pra Goiás. Deixa Goiás administrar. Vai ser melhor para Tocantins, para Goiás e para o Brasil”, declarou.

Renan Santos é um dos principais nomes do MBL, movimento que ganhou destaque nacional durante os protestos contra o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Atualmente, ele lidera o partido Missão, criado a partir do MBL, e é apontado como pré-candidato à Presidência da República em 2026.