Foto: Divulgação
Grandes nomes do futebol brasileiro, como Neymar, Bruno Henrique, Lucas Moura, Philippe Coutinho, Thiago Silva e Gabigol, lançaram uma campanha nas redes sociais contra o uso de gramado sintético nos estádios do país. Nesta terça-feira (18), os atletas divulgaram um comunicado expressando preocupação com “o rumo que o futebol brasileiro está tomando” e classificaram como “absurda” a presença de campos artificiais.
A nota reforça a necessidade de maior participação dos jogadores na decisão sobre a qualidade dos gramados, seguindo o exemplo de ligas internacionais, onde os atletas são consultados e há investimentos para manter campos naturais de alto nível.
A Arena da Baixada, do Athletico Paranaense, foi o primeiro estádio a adotar o gramado sintético, em 2016. O Palmeiras seguiu o mesmo caminho em 2020, no Allianz Parque, e o Botafogo fez a mudança no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, em 2023. Mais recentemente, o Atlético Mineiro anunciou a troca do gramado natural pelo sintético na Arena MRV.
A polêmica ganhou força no fim de 2023, quando o Flamengo mediu a temperatura dos campos de seu centro de treinamento, no Rio de Janeiro. Nos gramados sintéticos, os termômetros chegaram a marcar 70°C, reforçando as preocupações sobre o impacto da superfície artificial no desempenho e na saúde dos jogadores.
No documento divulgado, os jogadores destacam que “nas ligas mais respeitadas do mundo, os atletas são ouvidos e investimentos são feitos para garantir a qualidade do gramado nos estádios”. Eles defendem que a melhor solução para campos de baixa qualidade é a manutenção e o aprimoramento dos gramados naturais.
Nota do documento na íntegra:
"Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos.
Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim.
Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste.
Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam.
FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO!"
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