A Justiça de São Paulo absolveu, em segunda instância, o arquiteto e ex-BBB Felipe Prior da acusação de estupro envolvendo uma mulher em Votuporanga, no interior paulista, registrado em fevereiro de 2015. A decisão, publicada na sexta-feira (5), reverteu a sentença de novembro do ano passado, quando ele havia sido condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto. O processo segue sob segredo de Justiça.

Os desembargadores concluíram que não havia provas suficientes para sustentar a condenação. Com isso, Prior acumula quatro processos relacionados a crimes sexuais, com os seguintes resultados até agora:

• Dois casos com absolvição, incluindo o de Votuporanga;
• Um caso com condenação mantida em segunda instância, com pena de oito anos — recurso ainda em análise no Superior Tribunal de Justiça (STJ);
• Um processo pendente de julgamento.

A defesa da vítima, representada pelos advogados Maurício Stegemann Dieter e Maira Machado Frota Pinheiro, demonstrou frustração com o desfecho e afirmou que irá recorrer. Em nota, a equipe jurídica declarou que o acórdão “desconsidera um conjunto probatório robusto e coerente, corroborado por testemunhas, bem como o histórico e modus operandi do acusado”. Segundo os advogados, a decisão também trouxe “sofrimento profundo e reviver de traumas”.

Veja a situação dos demais processos envolvendo o ex-BBB:

• Condenação (2014): Prior foi sentenciado a 8 anos de prisão por estupro de uma jovem após uma festa universitária. O caso está em análise no STJ.
• Absolvição (2018): Em maio deste ano, ele foi inocentado de uma acusação de estupro durante o InterFAU, em Itapetininga.
• Pendente (2018): O processo referente a uma festa em Biritiba Mirim ainda não foi julgado.

A decisão da segunda instância encerra esta fase do caso de Votuporanga, mas a possibilidade de novos recursos mantém o tema em aberto nas instâncias superiores.