Foto: White House
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode reagir com a taxação de plataformas digitais norte-americanas, como Amazon, Google, Facebook, Instagram e Spotify, caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirme a aplicação de tarifas de até 25% sobre o aço e o alumínio importados do Brasil. A medida afetaria diretamente as exportações brasileiras, que têm os Estados Unidos como principal destino.
A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. A possibilidade de taxar plataformas digitais já vem sendo discutida no Brasil e acompanha uma tendência internacional. Países como o Canadá já adotaram uma alíquota de 3% sobre a receita obtida com serviços digitais que dependem de dados e engajamento de usuários locais.
No governo brasileiro, a taxação das plataformas é considerada uma resposta estratégica, já que não teria impacto direto sobre a indústria nacional. Fontes próximas ao Planalto afirmam que a proposta pode ser implementada rapidamente, se necessário. “Não se trata de taxar insumos importados que poderiam encarecer produtos e provocar inflação. O foco seria exclusivamente em grandes empresas digitais”, ressaltou uma fonte ligada à negociação.
A possível decisão de Trump de taxar o aço e o alumínio deve ser anunciada ainda nesta segunda-feira (10). O Brasil monitora o cenário com cautela, já que Trump tem histórico de recuar em medidas anteriormente anunciadas. Atualmente, 48% do aço exportado pelo Brasil tem como destino os Estados Unidos, em negócios que somam US$ 5,7 bilhões (dados de 2024).
Se a medida norte-americana for oficializada, o governo Lula pretende anunciar a resposta rapidamente. A taxação de serviços digitais já está em discussão há meses e poderia ser colocada em prática em um curto prazo.
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