O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se recentemente com os diretores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Luiz Fernando Corrêa, e da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no Palácio do Planalto, após revelações sobre uma operação de espionagem envolvendo o Paraguai. A ação teria ocorrido em meio às negociações sobre a usina de Itaipu e gerou grande tensão nos bastidores do governo.
A operação, realizada pela Abin, envolveu o hackeamento de autoridades paraguaias de alto escalão. A denúncia veio à tona após reportagem do UOL e está relacionada à investigação sobre a chamada “Abin paralela”, supostamente ativa no governo de Jair Bolsonaro (PL), mas que, segundo a Polícia Federal, pode ter continuado nos primeiros meses do governo Lula com o aval de Corrêa.
Durante a reunião, descrita como tensa e quase uma acareação entre os dois diretores, também estiveram presentes o chefe da Casa Civil, Rui Costa — a quem a Abin é subordinada — e o próprio presidente Lula. No encontro, discutiu-se tanto o conteúdo da espionagem quanto o vazamento das informações.
De acordo com relatos, Rodrigues apresentou documentos que indicariam a participação do ex-número 2 da Abin, Alessandro Moretti, na continuidade da operação, com conhecimento de Corrêa. Já a atual gestão da Abin nega envolvimento e afirma ter interrompido a ação assim que tomou conhecimento.
A nota oficial do governo, divulgada em 31 de março, atribui a responsabilidade à administração anterior e garante que a operação foi cancelada em março de 2023. O texto também isenta Corrêa, alegando que, à época, ele ainda não havia sido formalmente empossado no cargo, pois aguardava aprovação do Senado.
Rodrigues, no entanto, teria questionado as informações publicadas na nota, ressaltando que elas foram baseadas em relatos do próprio Corrêa. Investigadores apontam desconfiança sobre o papel do atual chefe da Abin, alegando que ele já comandava a agência de forma informal antes da posse oficial.
A investigação, conduzida sob sigilo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi impulsionada pelo depoimento de um servidor da Abin à PF. Paralelamente, a associação de servidores da Abin, a Intelis, publicou uma nota criticando a Polícia Federal e denunciando motivações políticas para enfraquecer a inteligência brasileira.
Corrêa e Moretti devem prestar depoimento nesta quinta-feira (17), enquanto a PF abriu dois inquéritos: um para apurar a espionagem e outro sobre o vazamento dos dados sigilosos. Até o momento, Abin, PF e Palácio do Planalto não comentaram oficialmente os desdobramentos da reunião.
Com informações de Folha de São Paulo.
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