© Lyon Santos/ MDS
Cerca de um milhão de famílias foram desligadas do Bolsa Família em julho após superarem o limite de renda permitido para permanência no programa. De acordo com dados oficiais, aproximadamente 536 mil dessas famílias cumpriram o prazo de 24 meses da Regra de Proteção, mecanismo que permite continuar recebendo metade do valor do benefício após aumento de renda.
Outras 385 mil famílias deixaram o programa por terem ultrapassado diretamente o teto de meio salário mínimo por pessoa, hoje fixado em R$ 759.
Mesmo com o desligamento, essas famílias permanecem cadastradas e podem retornar ao programa com prioridade, caso voltem à condição de pobreza.
Com as saídas, o número de beneficiários caiu para 19,6 milhões de famílias — o menor desde março de 2023, quando o programa retomou o nome Bolsa Família. O pico de beneficiários foi registrado em setembro do mesmo ano, com 21,4 milhões.
Desde março, o processo de revisão de dados foi intensificado por meio de cruzamento automático de informações entre o Cadastro Único e outras bases do governo, como o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), o que tem permitido maior agilidade na exclusão de famílias que não se enquadram mais nas regras.
Segundo o governo, desde 2023, aproximadamente 8,6 milhões de famílias deixaram o programa devido à atualização dos dados e ao crescimento da renda.
Além disso, 36 mil domicílios que registraram aumento de renda entre R$ 218 e R$ 706 por pessoa passaram a receber metade do benefício por até 12 meses, em nova regra de transição. Famílias com aposentadoria, pensão ou Benefício de Prestação Continuada (BPC) permanecem no programa por até dois meses, com prazo de 12 meses para aquelas com pessoas com deficiência, por conta da necessidade de reavaliação periódica.
Em paralelo, dados mostram que o Bolsa Família tem colaborado na redução da pobreza. Em 2023, a taxa caiu para 27,4% no país.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada.
Nova lei obriga plataformas a adotar medidas contra conteúdos nocivos e prevê autoridade nacional para garantir cumprimento das regras.
Nova lei garante gratuidade para consumo de até 80 kWh mensais e pode beneficiar mais de 60 milhões de brasileiros.
Líderes do PT, PSB e PSOL entraram com ação para suspender tramitação
Objetivo da reclassificação é identificar indivíduos em risco