© Marcelo Camargo/Agência Brasil
O trabalho em casa, conhecido como home office, registrou queda pelo segundo ano consecutivo no Brasil. Em 2024, cerca de 6,6 milhões de pessoas realizavam suas atividades profissionais em casa, contra mais de 6,7 milhões em 2022.
Em termos proporcionais, a participação do home office caiu de 8,4% para 7,9% do total de trabalhadores. O ponto de inflexão ocorreu em 2023, quando 8,2% da força de trabalho estava em regime domiciliar.
Os dados fazem parte da edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (19). O levantamento considera um universo de 82,9 milhões de trabalhadores, excluindo empregados do setor público e trabalho doméstico, e apresenta séries anuais desde 2012, exceto 2020 e 2021, afetados pela pandemia.
O analista William Kratochwill ressalta que a classificação de trabalho em casa também inclui quem utiliza coworkings ou escritórios compartilhados.
O estudo evidencia maior presença feminina no home office, com 61,6% do total nessa modalidade. Entre as mulheres, 13% trabalhavam em casa, enquanto apenas 4,9% dos homens estavam na mesma condição.
O trabalho remoto cresceu significativamente durante a pandemia, passando de 3,6% em 2012 para 8,4% em 2022, mas sofreu queda nos dois últimos anos. Apesar disso, permanece acima do nível anterior à pandemia, segundo o pesquisador.
A redução do home office tem gerado descontentamento em algumas empresas. No início de 2025, o Nubank anunciou regressão gradual do trabalho remoto, resultando na demissão de 12 funcionários, conforme o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região. Funcionários da Petrobras também fizeram paralisação em março por motivos semelhantes.
Estabelecimento próprio: 59,4%
Local designado pelo empregador: 14,2%
Fazenda, sítio ou granja: 8,6%
Domicílio de residência: 7,9%
Veículo automotor: 4,9%
Via pública: 2,2%
Outro empreendimento: 1,6%
Domicílio do empregador: 0,9%
Outro local: 0,2%
O aumento do trabalho em veículos reflete serviços de aplicativos, como Uber, 99 e food trucks. Entre os trabalhadores dessa categoria, 7,5% são homens e apenas 0,7% mulheres.
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