PF aponta ligação de empresário goiano a rede de postos usada em esquema bilionário de combustíveis

POR Marcos Paulo | 04/09/2025
PF aponta ligação de empresário goiano a rede de postos usada em esquema bilionário de combustíveis
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O empresário Armando Hussein Ali Mourad, irmão de um dos principais alvos da megaoperação Carbono Oculto, deflagrada na última quinta-feira (28), aparece como sócio e/ou administrador de pelo menos oito postos de combustíveis no Entorno do Distrito Federal e de outros 20 espalhados por Goiás, incluindo Goiânia.

 

A operação, que envolveu 200 mandados de busca, apreensão e prisão contra 350 investigados em dez estados, desarticulou um esquema bilionário de adulteração e sonegação no setor de combustíveis, apontado como controlado pelo PCC.

 

Segundo a Polícia Federal, Mohamad Hussein Mourad, irmão de Armando, utilizava parentes para dar aparência de legalidade aos negócios. Além dos postos, Armando assumiu também uma distribuidora em Goiás, usada para lavar dinheiro e ampliar a rede de atuação.

 

Os postos ligados a Armando operam como “bandeira branca”, sem vínculo direto com grandes distribuidoras. Entre os identificados no Entorno do DF estão unidades em Abadiânia, Alexânia, Goianésia, Luziânia, Niquelândia e Santo Antônio do Descoberto. Já no restante do estado, a lista inclui estabelecimentos em Aparecida de Goiânia, Catalão, Goiânia, Hidrolândia, Jataí, Morrinhos, Rio Verde, Senador Canedo e Terezópolis de Goiás.

 

O esquema bilionário

 

As investigações revelam que importadoras traziam nafta e diesel do exterior com recursos de empresas ligadas aos criminosos. As distribuidoras revendiam os produtos de forma fraudulenta, adulterando com metanol para aumentar os lucros e sonegando tributos.

 

Mais de mil postos de combustíveis estariam envolvidos, movimentando cerca de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, com baixo recolhimento de impostos. Apenas uma fintech ligada ao grupo teria movimentado R$ 46 milhões em quatro anos.

 

Além da adulteração e da sonegação, os valores eram lavados por meio de pagamentos em espécie, máquinas de cartão, fundos de investimento e aquisição de bens como caminhões, usinas, imóveis e fazendas. Durante a operação, foi solicitado o bloqueio de R$ 7,6 bilhões para tentar recuperar tributos estaduais.

 

 

 

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