O divulgador científico Pirulla, de 43 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na noite de domingo, 25 de maio. O caso veio a público somente na sexta-feira (30), por meio de colegas youtubers que pedem apoio financeiro para custear sua recuperação. Ele segue internado em uma UTI em São Paulo, com quadro estável, mas ainda sem previsão de alta.

De acordo com nota divulgada pelo canal “Os Três Elementos”, grupo do qual Pirulla faz parte, o atendimento foi imediato e ele está recebendo cuidados intensivos. A equipe responsável pede que fãs evitem especulações e respeitem a privacidade do youtuber e de seus familiares.

O caso chama atenção por envolver uma pessoa jovem e sem comorbidades conhecidas. Embora mais comum em idosos, o AVC atinge também pessoas com menos de 60 anos — cerca de 45 mil casos por ano no Brasil, o que representa aproximadamente 20% do total.

Segundo a Sociedade Brasileira de AVC, fatores como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, tabagismo, predisposições genéticas e até traumas físicos podem aumentar o risco de derrames em jovens. Doenças raras, como CADASIL e Moyamoya, além de condições como forame oval patente e vasculites, também estão entre as causas.

Dores de cabeça intensas, perda súbita de força, dificuldade para falar ou movimentar partes do corpo são sinais que não devem ser ignorados, independentemente da idade. O diagnóstico precoce e o atendimento imediato são cruciais para evitar sequelas graves ou até a morte.

A neurologista Gisele Sampaio, do Hospital Albert Einstein, destaca que a incidência de AVCs entre jovens tem crescido e que muitos não reconhecem os sinais por acreditar que estão fora do grupo de risco. Isso atrasa o diagnóstico e o início do tratamento.

Além das sequelas físicas, o impacto psicológico também é significativo. De acordo com a psicóloga Katia Mota Assis, do Instituto Avencer, jovens vítimas de AVC enfrentam desafios na reconstrução da identidade e autoestima. “A recuperação emocional é tão importante quanto a física, pois envolve redescobrir quem se é após o trauma”, afirma.

Com informações de Metrópoles.