O filme Demon Slayer: Castelo Infinito estreia nesta quinta-feira (11) nos cinemas brasileiros cercado de controvérsias. A Justiça manteve a classificação indicativa de 18 anos, rejeitando o pedido da Sony para revisão da faixa etária. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e confirmou a avaliação inicial do Ministério da Justiça.

Enquanto no Japão a animação foi liberada para maiores de 12 anos, no Brasil apenas adultos terão acesso sem restrições. Jovens de 16 e 17 anos poderão assistir apenas acompanhados pelos pais ou responsáveis, enquanto menores de 16 anos estão proibidos de entrar.

O parecer aponta como justificativa a presença frequente de violência explícita, incluindo uso de armas, lesão corporal, mutilação e mortes intencionais. O documento ressalta que não há cenas de sexo, nudez ou drogas, mas que a intensidade das cenas violentas motivou a decisão.

A Sony buscava reduzir a faixa etária para ampliar o público, já que a base de fãs da franquia é composta majoritariamente por adolescentes. Com a negativa, a bilheteria nacional pode ser impactada, e muitos jovens que já compraram ingressos terão de pedir reembolso.

A disparidade internacional chama atenção: nos EUA, a produção recebeu selo “R-Rated” (equivalente a 18 anos), enquanto no Japão foi indicada para maiores de 12. Já a Crunchyroll, que transmite o anime, recomenda a partir de 16 anos.

A medida reacendeu o debate sobre os critérios brasileiros para definir classificações etárias em produções audiovisuais, especialmente em franquias populares entre adolescentes. Fãs seguem criticando a decisão nas redes sociais e até em sites de reclamação, mas é importante destacar que a definição cabe exclusivamente ao Ministério da Justiça — e não às redes de cinema.