A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em seu Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes (Gref), com apoio da Polícia Civil do Mato Grosso, deflagrou, nesta quinta-feira (24), em Goiânia, Cuiabá/MT e Várzea Grande/MT, a Operação Bogus.

Ação policial cumpriu 40 medidas cautelares em desfavor de um grupo criminoso especializado em estelionato por meio de aplicativo de vendas pela internet. Quinze pessoas foram presas.

As investigações iniciaram a partir do registro de ocorrência de uma vítima, que teve prejuízo de aproximadamente R$ 200 mil, ocasião em que tentava adquirir um apartamento na cidade de Goiânia. O esquema, conhecido como “golpe do intermediário”, era aplicado principalmente na negociação de bens anunciados em plataformas on-line.

Golpe do intermediário

Os criminosos identificavam anúncios reais, copiavam as informações e criavam anúncios falsos. Em seguida, intermediavam o contato entre o vendedor original e o comprador interessado, utilizando engenharia social para convencer ambas as partes a não discutirem valores durante a visita ao bem.

Após a visita, o golpista instruía o comprador a realizar a transferência dos valores para contas bancárias de terceiros, geralmente “laranjas”, oportunidade em que bloqueava o contato e lesava as vítimas.

As apurações demonstraram que o grupo criminoso utilizava múltiplos perfis falsos, bem como diversos números de telefone e contas bancárias para dificultar o rastreamento. O dinheiro obtido ilicitamente era rapidamente “pulverizado”, transferido para diversas outras contas em valores menores (manobra para inviabilizar o rastreio e recuperação).

A investigação identificou conexões e atividades do grupo criminoso em Mato Grosso, o que motivou a ação policial na Região Metropolitana de Cuiabá.

As investigações prosseguem com a análise do material apreendido e dos dados obtidos com as quebras de sigilo, visando identificar outros possíveis integrantes da rede criminosa, detalhar a participação de cada envolvido e buscar a recuperação dos valores subtraídos das vítimas.

Com informações de Agência Cora.