Remédio experimental da UFRJ dá esperança para recuperação de pacientes com lesão na medula

POR Redação | 15/09/2025
Remédio experimental da UFRJ dá esperança para recuperação de pacientes com lesão na medula

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Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) podem ter dado um passo importante no tratamento de lesões na medula espinhal. O medicamento experimental Polaminina, desenvolvido em parceria com o laboratório Cristália, utiliza um fragmento da placenta humana e tem mostrado potencial para regenerar neurônios e ajudar pacientes a recuperar movimentos perdidos.

 

A base do fármaco é a laminina, molécula presente na placenta e estudada há mais de 25 anos pela professora Tatiana Coelho de Sampaio, da UFRJ. Segundo ela, a substância tem propriedades de neuroproteção e regeneração, capazes de conter danos e estimular novas células nervosas.

 

Desde 2018, seis pacientes com lesões medulares graves foram tratados com a Polaminina. Cinco deles apresentaram evolução significativa, saindo da classificação nível A (sem função motora ou sensibilidade) para nível C, recuperando parte da força e dos movimentos.

 

Entre os casos está o de Bruno Drummond, que ficou tetraplégico após um acidente de trânsito. No primeiro mês de tratamento, recuperou o movimento do dedão do pé. Um ano depois, já caminhava novamente e retomou grande parte da mobilidade dos braços.

 

Outro exemplo é o de Hawanna Cruz, atleta que sofreu uma queda do terceiro andar. Três anos após o acidente, conseguiu dirigir sua cadeira de rodas e passou a integrar a seleção brasileira de rugby em cadeira de rodas.

 

Os pesquisadores também acompanharam possíveis efeitos colaterais ao longo de sete anos e, até agora, não identificaram complicações relacionadas ao fármaco.

 

Apesar dos avanços, a Polaminina ainda precisa passar pelas fases formais de ensaios clínicos, iniciando com a fase 1 para avaliar a segurança em voluntários. A farmacêutica Cristália prevê que cinco novos pacientes participem dessa etapa, que depende de autorização da Anvisa.

 

Segundo especialistas, o processo de aprovação pode levar anos, incluindo novas fases de testes em hospitais como o Hospital das Clínicas e a Santa Casa de São Paulo, que já possuem contratos pré-aprovados para aplicação caso o remédio seja liberado.

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