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“Escravos do vinho” viviam em meio a sujeira e restos de comida podre

POR Redação | 03/05/2025
“Escravos do vinho” viviam em meio a sujeira e restos de comida podre

Foto: Reprodução

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Mais de 200 trabalhadores resgatados de situação análoga à escravidão na colheita da uva, no , terão direito a indenização por danos morais. A Justiça do Trabalho condenou, nesta quarta-feira (30/4), a empresa Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde ao pagamento de R$ 3 milhões pelos abusos cometidos durante a safra de 2023.

 

Alojamentos imundos e comida podre


Segundo o processo, os trabalhadores viviam em locais extremamente sujos, desorganizados e com cheiro forte de restos de comida em decomposição. As condições de higiene e moradia eram completamente inadequadas.

 

Eles foram encontrados nos municípios de Nova Roma do Sul, Caxias do Sul, Flores da Cunha e Bento Gonçalves. Em 22 de fevereiro de 2023, seis pessoas procuraram a Polícia Rodoviária Federal (PRF) denunciando agressões nos alojamentos. A denúncia levou à atuação do Serviço de Inspeção do Trabalho (SIT) e da Polícia Federal.

 

Durante a fiscalização em um alojamento no bairro Borgo, em Bento Gonçalves, foram encontrados mais de 100 trabalhadores em situação degradante. No local, também foram apreendidos cassetetes, spray de pimenta e uma arma de choque, reforçando os relatos de violência física.

 

Cobranças ilegais e dívidas abusivas


Em outra inspeção, realizada no mesmo dia, as autoridades identificaram um mercado irregular que vendia alimentos e itens de higiene com preços abusivos, descontados diretamente dos salários dos trabalhadores.

 

Além disso, ficou comprovado que a empresa realizava descontos ilegais por transporte, alimentação e vestuário. Muitos trabalhadores não receberam salários e estavam endividados, devido à imposição de custos pelas passagens e pelo alojamento precário.

 

Grandes vinícolas envolvidas


A Fênix foi contratada por grandes nomes da indústria vinícola, como Aurora, Salton e a Cooperativa Garibaldi, para fornecer mão de obra terceirizada. Essas empresas são reconhecidas nacional e internacionalmente pela produção de vinhos e espumantes.

 

A condenação da Fênix representa um marco na luta contra o trabalho escravo contemporâneo no setor agrícola e reforça a importância da fiscalização e da responsabilização das empresas envolvidas.

 

 

*Com informações Metropoles 

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