PF indicia Bruno Henrique por forçar cartão amarelo em partida: mensagens revelam esquema com parentes

POR Redação | 17/04/2025
PF indicia Bruno Henrique por forçar cartão amarelo em partida: mensagens revelam esquema com parentes

Foto: CRF

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A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta segunda-feira (14), o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, e outras 10 pessoas por envolvimento em um esquema de manipulação de resultados esportivos. A investigação aponta que o jogador teria participado de uma fraude em apostas ao forçar um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023.

 

A investigação teve como ponto de partida conversas obtidas no celular do irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Júnior. Nas mensagens, o atleta confirma que estava pendurado no campeonato e sugere que levaria um terceiro cartão no confronto contra o Santos. A conversa inclui frases como “Contra o Santos” e “Só se eu entrar forte em alguém”, indicando uma possível combinação para a advertência.

 

O irmão, Wander, chega a dizer que iria “guardar o dinheiro” para o que chamou de “investimento com sucesso”, o que levou os investigadores a acreditarem que ele estaria apostando com base em informações privilegiadas do jogador.

 

A PF identificou dois grupos de apostadores. O primeiro é formado por familiares de Bruno Henrique:

 

  • Wander Nunes Pinto Júnior (irmão) – Apostou R$ 380,86 e ganhou R$ 1.180,67.
  • Ludymilla Araújo Lima (cunhada) – Apostou em duas plataformas e lucrou R$ 2.605,67 no total.
  • Poliana Ester Nunes Cardoso (prima) – Apostou R$ 380,86 e ganhou R$ 1.180,67.

 

O segundo grupo inclui seis outros apostadores, ainda não identificados publicamente.

 

Em outra troca de mensagens, Bruno Henrique questiona o irmão sobre a possibilidade de transferir R$ 10 mil via Pix. Ao ser perguntado sobre o motivo, o jogador diz que se trata de “negócio de aposta” e alerta que, por terem o mesmo sobrenome, seria arriscado envolver o irmão diretamente. Wander, no entanto, demonstra interesse em participar, afirmando: “Meu olho até brilhou”.

 

A PF também identificou outras mensagens comprometedoras, como um pedido de Wander perguntando se o jogador poderia receber cartão em uma partida contra o Corinthians — o que de fato aconteceu. Em outro trecho, os dois conversam sobre uma aposta relacionada a “cavalo”, indicando possível envolvimento em corridas suspeitas.

 

Além disso, nas vésperas da partida contra o Santos, Bruno Henrique teria ligado para o irmão para confirmar que receberia o cartão, reforçando a tese de que a advertência foi forçada.

 

O caso foi inicialmente levantado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após um alerta da International Betting Integrity Association (IBIA) sobre movimentações suspeitas na plataforma Kaizen Gaming. A maioria das apostas foi registrada em Belo Horizonte (MG), cidade natal do jogador. O comportamento de Bruno Henrique na partida em que recebeu um cartão amarelo e foi expulso chamou a atenção da entidade.

 

A equipe de assessoria de Bruno Henrique foi procurada, mas preferiu não se manifestar. A investigação segue em andamento.

 

Com informações de Metrópoles.

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