Hipertensão na gravidez é a principal causa de morte materna no Brasil e exige atenção no pré-natal

POR Redação | 26/04/2025
Hipertensão na gravidez é a principal causa de morte materna no Brasil e exige atenção no pré-natal

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As síndromes hipertensivas que acontecem durante a gravidez representam a principal causa de mortalidade materna no Brasil, superando até mesmo as hemorragias, que lideram os índices em escala global. De 2010 a 2021, o número de mortes causadas por essas síndromes oscilou entre 311 e 338 casos por ano no país, segundo dados divulgados pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. A estatística reforça a importância de medidas eficazes de prevenção, diagnóstico precoce e controle adequado da hipertensão durante a gestação — foco da Unimed Goiânia nas ações que marcam o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, celebrado em 26 de abril.

Segundo o cardiologista intervencionista cooperado da Unimed Goiânia, Dr. Arthur Pipolo, monitorar a pressão arterial durante a gestação é essencial para garantir a segurança da mãe e do bebê, já que a hipertensão pode evoluir para quadros graves como pré-eclâmpsia e eclâmpsia, com risco de parto prematuro, crescimento fetal comprometido e até risco de morte para ambos. O acompanhamento adequado pode prevenir ou minimizar essas complicações.

Riscos e sinais de alerta

O médico explica que entre os fatores de risco para a hipertensão gestacional estão condições pré-existentes como hipertensão crônica, obesidade, diabetes, doenças renais e gestações múltiplas. Hábitos como sedentarismo, alimentação rica em sal, estresse e histórico familiar de pressão alta também aumentam a probabilidade de surgimento do quadro.

A pressão alta compromete o fluxo sanguíneo para a placenta, o que pode afetar diretamente o desenvolvimento do feto. Casos de pré-eclâmpsia — quando há associação entre hipertensão, proteína na urina e sinais de disfunção orgânica — podem evoluir para eclâmpsia, com convulsões e necessidade de antecipação do parto.

“É importante que a gestante fique atenta a sinais como dor de cabeça intensa, visão embaçada, inchaço repentino, dor abaixo das costelas e ganho rápido de peso. Esses sintomas podem indicar aumento da pressão e exigem atendimento imediato,” orienta o médico.

A pressão ideal, de acordo com o médico, é semelhante à da população em geral: abaixo de 140/90 mmHg. No entanto, em gestantes, valores como 130/85 mmHg já devem acender um sinal de alerta.
“Mesmo a chamada pressão 12 por 8, que é o limite superior da normalidade, precisa ser acompanhada com atenção, especialmente em quem tem fatores de risco,” destaca.

Mudanças no estilo de vida também fazem parte da prevenção: alimentação equilibrada com pouco sal, prática regular de atividades leves, controle de peso e do estresse, além de acompanhamento regular durante todo o pré-natal. “Um pré-natal bem conduzido proporciona um ambiente mais seguro para o desenvolvimento do bebê e reduz os riscos de complicações para a mãe. A hipertensão pode ser controlada, desde que identificada e tratada com seriedade,” reforça.

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