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O Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro, um dos principais espaços dedicados à arte e à produção independente da capital, deixará de funcionar em dezembro. O contrato de locação do imóvel, que venceu em 22 de setembro, não será renovado, segundo informou o secretário municipal de Cultura, Uugton Batista, em entrevista ao jornal O Popular.
A medida faz parte de um processo de readequação de gastos e atende a uma cobrança do Ministério Público de Goiás (MP-GO) relacionada à falta de acessibilidade no prédio. O local, que desde 2006 abriga o centro cultural sob gestão da Prefeitura de Goiânia, funciona no antigo Cine Ouro, inaugurado em 1968.
De acordo com a Secretaria de Cultura, as atividades serão redistribuídas entre outros espaços públicos já existentes, como o Teatro Goiânia, o Cine Cultura, o Centro Cultural Oscar Niemeyer e o Sesc Centro. A mudança, segundo o órgão, eliminará um custo mensal de R$ 28,7 mil em aluguel.
Apesar da decisão, o contrato será mantido até dezembro para permitir a realização de eventos já programados. Segundo o secretário, haverá uma transição gradual antes da devolução definitiva do prédio.
A Prefeitura informou, por meio de nota, que a parceria com o Sesc e o governo estadual garantirá melhores condições de acessibilidade e conforto ao público, além de estacionamento para os visitantes.
Reinaugurado em 2006, após reformas no antigo cinema, o Goiânia Ouro se consolidou como um dos mais importantes palcos da produção cultural independente da cidade. Recebeu festivais como o FestCine, o Goiânia Canto de Ouro e o Festival de Teatro Popular, abrigando exibições, shows, danças e oficinas artísticas em seus 291 lugares.
A decisão de fechamento provocou forte reação de artistas e representantes do setor. O vereador Fabrício Rosa (PT), presidente da Comissão de Cultura da Câmara Municipal, classificou o encerramento como “um dos maiores retrocessos culturais da última década”.
O parlamentar cobrou a reversão da decisão, a abertura de diálogo com a classe artística e um plano de valorização dos equipamentos culturais da capital.
Rosa ressaltou que o anúncio do fechamento ocorreu na mesma semana em que a Comissão de Cultura promoveu uma audiência pública sobre políticas culturais, considerada uma contradição pelo vereador. Para ele, o encerramento representa um desrespeito à arte e à população goianiense.
O espaço, inaugurado há 55 anos, é reconhecido como um símbolo da memória afetiva e artística da cidade. O vereador afirmou que continuará acompanhando o caso e cobrando soluções da prefeitura.
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