Divulgação
Um grupo suspeito de comandar um esquema de agiotagem em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, utilizava métodos violentos de intimidação para cobrar dívidas, segundo a Polícia Civil. Imagens obtidas pela TV Anhanguera mostram vítimas sendo ameaçadas com arma apontada para a cabeça, espancadas com taco de beisebol e submetidas a sessões de agressões físicas.
A investigação aponta que o grupo seria composto pelo sargento da Polícia Militar Herbert Francisco Póvoa, conhecido como Mike Póvoa; pela esposa dele, a advogada Tatiane Meireles; pelo sargento Miguel Roberto Mendonça; pelo policial militar José Ronan Ferreira Lustosa; além de empresários que financiariam a operação ilegal.
O advogado de Miguel Roberto, Reginaldo Paixão, afirmou que o militar é inocente e que ingressará com pedido de habeas corpus. Já a defesa de Tatiane declarou que dados pessoais da cliente foram divulgados indevidamente, violando determinação judicial de sigilo. A advogada Luciana Ros, que representa José Ronan, disse que está avaliando o conteúdo do processo, mas que não pode fornecer detalhes por se tratar de investigação sigilosa.
A Polícia Civil destaca que, em uma das gravações, a advogada Tatiane aparece espancando um homem em um terreno baldio com o mesmo taco de beisebol exibido em vídeos publicados pelo marido nas redes sociais. Em outra filmagem, o sargento Póvoa aparece apontando duas armas para um colombiano, exigindo que ele se desculpe.
Conversas obtidas pela investigação revelam que o sargento comemorava o lucro obtido com o esquema. Em um dos diálogos, ele relatou estar vivendo um período financeiro extremamente favorável e que o esquema de agiotagem estava rendendo altos valores. Em outra troca de mensagens, ele orientou um colega sobre como agir para não ser flagrado e reforçou que a atividade era ilegal.
O caso veio à tona após a Operação "Mão de Ferro", deflagrada na última sexta-feira (28). Cerca de 80 policiais civis cumpriram mais de dez mandados de busca e apreensão e nove de prisão. A corporação informou que os alvos incluíam o líder do esquema, financiadores e executores das cobranças violentas. A Polícia também afirmou que a advogada atuava na chamada “blindagem jurídica”, além de participar das agressões.
Os investigados podem responder por organização criminosa, agiotagem, extorsão, lavagem de dinheiro e outros crimes relacionados.
A Polícia Militar informou, em nota, que não compactua com desvios de conduta e que medidas administrativas já foram adotadas. A OAB-Goiás também se manifestou e afastou preventivamente a advogada Tatiane Meireles de suas funções institucionais, além de anunciar a abertura de procedimento ético-disciplinar.
As defesas de todos os envolvidos manifestaram confiança na inocência de seus clientes e disseram que atuarão para esclarecer os fatos.
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