Foto: Redes Sociais
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o corretor de grãos Vinicius Martini de Melo, suspeito de aplicar um golpe milionário em produtores rurais de Rio Verde, agiu sozinho, descartando a hipótese de organização criminosa. A decisão se baseia na argumentação da juíza responsável pelo caso, que apontou a falta de provas apresentadas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) sobre a existência de uma estrutura organizada com divisão de tarefas entre Vinicius e outros 15 investigados. Segundo a magistrada, essas pessoas foram incluídas na investigação apenas por relações sociais ou contatos com o suspeito.
As investigações revelaram que Vinicius era o único responsável por negociar diretamente com os produtores e receber os pagamentos, sem repassar os valores devidos, o que resultou em um prejuízo estimado em R$ 33 milhões. Com a decisão do STJ, o caso retorna para Rio Verde, onde ele responderá pelo crime de estelionato.
Os demais investigados, que não estavam presos, mas alguns utilizavam tornozeleira eletrônica, terão o monitoramento encerrado após a nova determinação judicial. Enquanto isso, Vinicius, que ainda não se apresentou às autoridades, é agora o único formalmente acusado no caso.
A defesa de Vinicius celebrou a decisão, alegando que o tribunal reconheceu seus argumentos e que os fatos atribuídos ao corretor não configuram crimes.
Inicialmente, o MP-GO denunciou Vinicius, sua esposa, Camila Rosa Melo, e outras 14 pessoas por organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. O casal chegou a ser incluído na lista da Interpol.
As investigações foram iniciadas após diversas denúncias de estelionato envolvendo o grupo em Rio Verde. Segundo as autoridades, apenas nos últimos três anos, os suspeitos movimentaram mais de R$ 19 bilhões em fraudes financeiras. Para determinar a extensão dos danos, a polícia solicitou a quebra do sigilo bancário dos envolvidos.
De acordo com as apurações, Vinicius e Camila teriam criado empresas fantasmas e utilizado laranjas para emitir notas fiscais fraudulentas, prática conhecida como uso de “empresas noteiras”, para evitar o recolhimento de impostos.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada.
Oportunidades são para o campus Ceres, nas áreas de educação e história; inscrições vão até 13 de junho
Animal foi atingido na rua e precisou de intervenção rápida na unidade de pronto atendimento veterinário da capital.
Decisão foi tomada após constatação de suposta influência indevida sobre jurados durante julgamento realizado em 2024.
Em um dos casos, os advogados Boadyr e Heylla foram presos enquanto atuavam na defesa de clientes.