Fotos: Reprodução/Instagram de Guilherme Lemes Cardoso e Silva
O artista brasileiro Guilherme Lemes Cardoso e Silva, de 35 anos, natural de Goiás, foi detido no último dia 11 de julho por agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) dos Estados Unidos. A prisão ocorreu em Friday Harbor, Washington, quando ele seguia para buscar sua filha na escola.
Segundo informações oficiais, Guilherme vivia em situação irregular no país há quase oito anos. Ele entrou nos EUA com visto de turismo (B2), que permitia uma permanência de até seis meses, mas não retornou ao Brasil ao fim do prazo. Ele está atualmente em um centro de detenção em Tacoma, enquanto o Consulado do Brasil em São Francisco afirma acompanhar o caso.
A esposa de Guilherme, Rachel Leidig, cidadã americana, afirmou que os agentes não apresentaram mandado no momento da abordagem. Ela relata que o marido foi forçado a sair do carro, teve o celular tomado enquanto gravava a cena e foi algemado nos pulsos e tornozelos.
De acordo com Rachel, a abordagem foi feita por cerca de seis veículos e, durante o trajeto de barco até fora da ilha, os agentes teriam zombado de Guilherme e feito perguntas pessoais. Ainda segundo ela, a situação só mudou quando perceberam que o artista era fluente em três idiomas e exigia respeito.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA declarou, em nota, que a prisão foi realizada sem uso de força ou conduta imprópria. Já a família denuncia o desaparecimento do celular de Guilherme e as más condições no centro de detenção, incluindo atrasos em refeições e punições arbitrárias a detentos.
Rachel está grávida e afirma estar preocupada com os impactos emocionais e financeiros da situação. A audiência do brasileiro está prevista para ocorrer nesta terça-feira (29). A defesa pede que o processo seja transferido para a Califórnia, onde a família reside.
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