O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta terça-feira (24) duas acareações importantes no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Os confrontos, que ocorrem a portas fechadas, envolvem o tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto, além de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército.
O procedimento, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes e acompanhado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), tem o objetivo de esclarecer contradições nos depoimentos prestados pelas partes.
Cid x Braga Netto
A primeira acareação coloca frente a frente Mauro Cid e Braga Netto. O general, que cumpre prisão preventiva no Rio de Janeiro, comparecerá pessoalmente ao STF usando monitoramento eletrônico e retornará à prisão após o procedimento.
As divergências entre os depoimentos envolvem dois principais pontos:
Torres x Freire Gomes
Na segunda acareação do dia, Anderson Torres irá confrontar o general Freire Gomes. A defesa do ex-ministro questiona a versão de que ele teria participado de uma reunião com Bolsonaro e comandantes das Forças Armadas com teor golpista.
Segundo os advogados de Torres, nem Bolsonaro nem Mauro Cid confirmaram a existência da reunião, e Freire Gomes não apresentou informações concretas como data, local ou nomes dos participantes, limitando-se a dizer que “lembra” da presença de Torres, o que, segundo a defesa, compromete a credibilidade do depoimento.
Entenda a acareação
A acareação é um procedimento no qual pessoas com versões contraditórias prestam esclarecimentos frente a frente. O réu tem o direito de permanecer em silêncio para não se autoincriminar, enquanto a testemunha tem o dever legal de dizer a verdade.
As acareações fazem parte da ação penal conduzida por Moraes que investiga articulações para deslegitimar o resultado das eleições e enfraquecer a democracia brasileira.
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