Na Malásia, um casal de idosos percorreu cerca de 300 quilômetros desde Kuala Lumpur até o estado de Perak com o objetivo de visitar uma atração turística que, na verdade, não existia. Eles foram enganados por um vídeo gerado por inteligência artificial (IA), que simulava uma reportagem sobre o "Kuak SkyRide", um suposto teleférico turístico.

O vídeo apresentava uma jornalista fictícia da emissora TV Rakyat, com depoimentos falsos de turistas e moradores, e imagens aparentemente realistas da atração. A ilusão foi tão convincente que levou os idosos a fazerem a longa viagem. A história veio a público após uma funcionária de hotel em Gerik compartilhar o relato nas redes sociais, onde rapidamente viralizou.

O caso ganhou repercussão nacional e levou o representante local, Yazlan Sunardie Che Yahaya, a se pronunciar. Ele confirmou que a atração nunca existiu e alertou para os riscos de acreditar em conteúdos gerados por IA, mesmo reconhecendo que o vídeo era impressionante.

Especialistas apontam sinais que ajudam a identificar quando um vídeo foi produzido por inteligência artificial. Elementos como iluminação exagerada, texturas irreais e gestos artificiais são alguns dos indícios. Além disso, expressões faciais forçadas e movimentos robóticos costumam denunciar esse tipo de material.

A situação vivida pelo casal serve de alerta sobre os perigos da desinformação gerada por IA. Além de transtornos como o da viagem frustrada, vídeos falsos podem ser usados para manipulações mais graves, como fraudes ou tentativas de extorsão.