Canva
Um novo estudo publicado na revista Nature Aging sugere que aprender e utilizar mais de um idioma pode estar ligado a um envelhecimento biológico mais lento. A pesquisa analisou informações de 86 mil adultos, com idades entre 51 e 90 anos, residentes em 27 países europeus, e identificou que pessoas multilíngues apresentaram menor risco de envelhecimento acelerado em comparação a indivíduos que falam apenas uma língua.
Os pesquisadores avaliaram a chamada idade biocomportamental, parâmetro que reúne aspectos físicos e mentais, como memória, presença de doenças crônicas e capacidade funcional. Ao comparar essa medida com a idade cronológica, observaram que os participantes que falavam dois ou mais idiomas tinham uma diferença menor entre as duas idades, sinalizando um envelhecimento mais lento.
De acordo com os autores do estudo, o grupo multilíngue apresentou quase metade da probabilidade de envelhecer de forma acelerada quando comparado aos participantes monolíngues. Estes, por sua vez, demonstraram maior tendência a sinais de envelhecimento precoce.
Os resultados permaneceram consistentes mesmo após o ajuste para fatores como escolaridade, nível de poluição e contexto social. Para os cientistas, o uso de diferentes idiomas pode atuar como um estímulo cognitivo constante, contribuindo para o fortalecimento das redes neurais e aumentando a capacidade do cérebro de lidar com os impactos da idade.
Os pesquisadores reforçam, no entanto, que o estudo não estabelece uma relação direta de causa e efeito. Ainda não é possível afirmar com certeza se aprender novos idiomas desacelera o envelhecimento, ou se pessoas com melhor saúde cerebral têm mais facilidade para adquirir múltiplas línguas.
Mesmo assim, os resultados indicam que o aprendizado de idiomas pode integrar um conjunto de hábitos que favorece o envelhecimento saudável, ao lado de práticas como atividade física regular e interação social frequente.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada.
24/11/2025
Dormir bem é determinante para a longevidade, aponta estudo
Pesquisa revela que sono de qualidade tem impacto maior na expectativa de vida do que exercícios ou alimentação
24/11/2025
Teoria da cadeira viraliza ao propor teste simples para identificar relações saudáveis
Conceito compartilhado por influenciadora nas redes sociais levanta debate sobre apoio emocional, respeito e limites nos relacionamentos.
24/11/2025
Estudo aponta que jejum periódico pode reforçar tratamento de câncer de mama
Pesquisa com camundongos indica que a restrição alimentar pode aumentar a eficácia da terapia hormonal em um dos tipos mais comuns da doença