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Uma pesquisa realizada na Suíça revelou que a tinta de tatuagem não permanece inerte na pele, mas se move rapidamente para o sistema linfático, onde pode persistir por meses, causar morte de células imunológicas e até enfraquecer a resposta do corpo a vacinas.
O estudo, publicado no periódico PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), utilizou camundongos para rastrear a migração dos pigmentos. Os cientistas observaram que os linfonodos próximos recebiam partículas da tinta em minutos e que a acumulação continuava por dois meses, gerando inflamação persistente e morte celular imunológica. Além disso, a presença da tinta enfraqueceu a resposta de anticorpos à vacina contra a Covid-19 da Pfizer-BioNTech quando aplicada em área tatuada, embora tenha potencialmente aumentado a reação a uma vacina inativada contra a gripe.
Os pesquisadores destacam que os resultados levantam preocupações sobre a segurança das tintas de tatuagem e apontam para a necessidade de testes toxicológicos mais rigorosos e supervisão regulatória mais efetiva, já que atualmente essas substâncias enfrentam regulamentação mais frouxa do que produtos médicos.
Estudos anteriores em humanos e primatas indicam que pigmentos de tatuagem podem se acumular em linfonodos por anos. Pesquisas na Suécia e na Dinamarca associaram tatuagens a riscos mais altos de linfoma e câncer de pele, especialmente em tatuagens maiores. Um estudo sueco de 2024 envolvendo quase 12 mil pessoas identificou que indivíduos tatuados tinham 21% mais chance de desenvolver linfoma maligno, com risco mais elevado nos primeiros dois anos e novamente após uma década. Já a pesquisa dinamarquesa com gêmeos apontou risco até 2,7 vezes maior de linfoma em tatuagens grandes.
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