Foto: Los Angeles Times
Após mais de três décadas de prisão, os irmãos Erik e Lyle Menendez, condenados pelo assassinato dos pais em 1989, agora estão oficialmente elegíveis para liberdade condicional. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (13) pelo juiz Michael Jesic, da Suprema Corte do Condado de Los Angeles, surpreendendo muitos ao fim do primeiro dia de uma audiência que definiria uma nova sentença.
Inicialmente sentenciados em 1996 a duas penas de prisão perpétua sem chance de liberdade condicional, os irmãos receberam agora uma nova pena de 50 anos à prisão perpétua, com possibilidade de soltura. A decisão depende, contudo, de uma análise do conselho estadual de liberdade condicional e da aprovação do governador da Califórnia. Uma audiência para avaliar esse pedido já está marcada para o dia 13 de junho.
Durante a audiência, familiares dos irmãos estiveram presentes e defenderam a liberdade condicional, alegando que Erik e Lyle demonstraram remorso e passaram por um processo de reabilitação. Os parentes também reforçaram que os crimes ocorreram após anos de abusos cometidos pelo pai, José Menendez, sustentando a tese de legítima defesa.
As testemunhas destacaram o comportamento violento e controlador do pai e pediram misericórdia ao juiz. “Só queremos que isso acabe”, declarou a prima Anamaria Baralt. Diane Hernandez, que viveu com os Menendez, descreveu um ambiente de terror em casa.
A nova sentença havia sido recomendada no ano passado pelo então promotor George Gascón, mas seu sucessor, Nathan Hochman, se manifestou contra. Segundo Hochman, os irmãos ainda não admitiram integralmente os crimes e teriam inventado as alegações de abuso. O promotor também ressaltou que os irmãos representam um risco “moderado” à sociedade, conforme avaliações do conselho de liberdade condicional.
Mesmo encarcerados, os irmãos Menendez se destacaram por criar e liderar programas de apoio e reabilitação dentro das prisões. Erik fundou grupos para presos idosos e com deficiência, enquanto Lyle arrecadou mais de US$ 250 mil para projetos de embelezamento nos presídios.
Apesar de envolvimentos recentes com telefones celulares não autorizados – com violações registradas em 2024 e 2025 –, a defesa sustenta que os irmãos demonstram mudanças significativas de comportamento e merecem uma nova chance.
Além da nova sentença, os irmãos ainda aguardam a decisão sobre um pedido de habeas corpus que pode resultar em um novo julgamento. Segundo seus advogados, surgiram novas provas relacionadas aos abusos sofridos, incluindo uma carta escrita por Erik em 1988.
Também há um pedido de clemência pendente junto ao governador Gavin Newsom, que pode, se aprovado, resultar na libertação imediata dos irmãos.
Com informações de CNN Brasil.
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