Foto: Wikipedia
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, recebeu nesta sexta-feira (10/10) o Prêmio Nobel da Paz de 2025, concedido pelo Comitê Norueguês do Nobel, em reconhecimento à sua atuação “incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
O comitê destacou Machado como “um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”, ressaltando seu papel unificador dentro de uma oposição historicamente dividida, que hoje se alinha na defesa de eleições livres e de um governo representativo.
Com o prêmio, María Corina Machado receberá 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 6,2 milhões.
Em nota, a instituição afirmou que “a democracia depende de nossa disposição compartilhada de defender os princípios do governo popular, mesmo quando há discordâncias”, e reforçou que, diante das ameaças aos regimes democráticos no mundo, “é mais importante do que nunca preservar esse ponto comum”.
O comitê ressaltou as dificuldades impostas pelo regime autoritário de Nicolás Maduro, que “torna o trabalho político extremamente arriscado”. Fundadora da organização Súmate, dedicada à defesa de eleições livres e justas há mais de 20 anos, Machado tem sido uma das vozes mais firmes pela independência judicial, pelos direitos humanos e pela representação popular.
“Ela uniu a oposição de seu país, resistiu à militarização da sociedade venezuelana e manteve-se fiel à via pacífica para a democracia”, conclui o comunicado.
Prisão e perseguição política
Principal opositora ao governo de Nicolás Maduro, María Corina Machado foi presa em janeiro de 2025, após meses de perseguição política. Impedida de disputar as eleições presidenciais de 2024, a ex-deputada vivia escondida desde que o regime chavista iniciou uma ofensiva contra os líderes oposicionistas que contestaram o resultado do pleito.
De acordo com o Comando ConVzla, grupo que liderou a campanha da oposição, Machado foi detida após sair de uma manifestação no município de Chacao, em Caracas. “María Corina foi interceptada violentamente ao sair da concentração”, informou o movimento nas redes sociais.
A prisão gerou forte repercussão internacional e pressão diplomática, resultando em sua libertação horas depois.
Com o Nobel da Paz, María Corina Machado consolida sua trajetória como símbolo da resistência democrática na Venezuela, em meio à repressão e ao autoritarismo do regime de Maduro.
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