Imagem: Reprodução/FreePik
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta para a próxima temporada de gripe, prevista para o fim de 2025 e início de 2026, após identificar o aumento da circulação do vírus influenza A (H3N2) em diferentes regiões do mundo. O crescimento está relacionado a uma nova ramificação genética do vírus, conhecida como variante K — ou J.2.4.1 — que passou a se espalhar com maior rapidez a partir de agosto de 2025.
Apesar da atenção redobrada, a OMS destaca que não se trata de um vírus novo nem, até o momento, de uma gripe mais grave. De acordo com a entidade, a atividade global da influenza segue dentro do esperado para o período sazonal, embora alguns países tenham registrado aumentos mais precoces e intensos de casos, o que exige preparo dos sistemas de saúde, principalmente no inverno do Hemisfério Norte.
O termo “gripe K”, que ganhou popularidade nas redes sociais, refere-se apenas à evolução natural do influenza A, um vírus conhecido por sofrer mutações frequentes. Essas mudanças são acompanhadas de perto porque podem influenciar a velocidade de transmissão e a eficácia da proteção da população, seja por infecções anteriores ou pela vacinação.
Segundo a OMS, desde agosto de 2025 a variante K vem sendo identificada com mais frequência em amostras coletadas em vários países, com destaque para a Europa, onde a temporada de gripe começou antes do habitual. Na América do Sul, ainda não há registro oficial da circulação dessa variante, mas especialistas avaliam que a chegada ao Brasil é possível, principalmente com o aumento das viagens internacionais.
Os sintomas da gripe K são os mesmos observados em quadros tradicionais de influenza e podem variar conforme a idade. Entre os principais estão:
De acordo com o Ministério da Saúde, em crianças a febre tende a ser mais elevada, com possibilidade de linfonodos inchados no pescoço e maior risco de complicações respiratórias, como bronquite e bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais. Já em idosos, a febre pode surgir mesmo sem outros sinais e, geralmente, não atinge temperaturas tão altas.
A OMS alerta que, embora a maioria das pessoas se recupere em cerca de uma semana, a gripe pode evoluir para quadros graves, especialmente em idosos, crianças pequenas, gestantes, pessoas com doenças crônicas e profissionais de saúde. Esses grupos apresentam maior risco de hospitalização e complicações respiratórias.
No início de dezembro, a Anvisa definiu as cepas que irão compor as vacinas contra a influenza no Brasil em 2026. O subtipo A (H3N2) está incluído na formulação, embora o subclado K não faça parte especificamente da composição. Ainda assim, a OMS reforça que a vacinação segue sendo essencial para reduzir casos graves, internações e mortes.
Dados preliminares citados pela entidade indicam que a vacina pode reduzir hospitalizações em cerca de 70% a 75% em crianças e de 30% a 40% em adultos, dependendo da região e do grupo analisado.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a gripe é oferecida gratuitamente aos grupos prioritários, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos. Também têm direito à imunização trabalhadores da saúde, puérperas, professores, povos indígenas, pessoas em situação de rua e pessoas com doenças crônicas ou deficiência permanente.
A OMS não recomenda restrições de viagens, mas orienta a adoção de medidas clássicas de prevenção, como vacinação anual, higiene frequente das mãos, etiqueta respiratória e evitar contato próximo quando houver sintomas. Em ambientes mais sensíveis, o uso de máscara pode ser considerado.
A recomendação é manter a vigilância, ampliar a cobertura vacinal e procurar atendimento médico diante de sinais de agravamento, especialmente entre pessoas que fazem parte dos grupos de risco.
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