O perfil de padres modernos, com corpos sarados, tatuagens e forte presença nas redes sociais, tem ganhado destaque ao redor do mundo e movimentado debates dentro e fora da Igreja Católica. Esses religiosos aliam boa forma física, carisma e conteúdo espiritual para atrair seguidores e fiéis, especialmente entre os mais jovens.

Um dos nomes mais comentados é o do italiano Ambrogio Mazzai, ex-influencer fitness que trocou os treinos por pregações — mas sem abandonar a aparência atlética e a conexão com seus seguidores. Nas redes, ele aparece tocando violão, pedalando pelas montanhas e refletindo sobre fé. “Que homem lindo é o nosso padre!”, comentou um internauta.

Outro exemplo é o padre Giuseppe Fusari, apelidado de “padre fisiculturista”. Aos 58 anos, ele acumula mais de 60 mil seguidores e defende o equilíbrio entre espiritualidade, saúde corporal e presença digital. “As mídias sociais são uma forma real de evangelização”, destaca.

Em Brindisi, na Itália, o padre Cosimo Schena viu o número de fiéis em sua paróquia dobrar após começar a produzir vídeos no TikTok e no Facebook. Com visual moderno e carisma natural, ele mostra que fé e estética podem andar juntas.

Fora da Itália, o polonês padre Artur Kaproń também se destaca. Pároco na cidade de Osiecznica, ele acorda às 5h da manhã para treinar, rezar e se preparar para o dia. Para ele, o corpo bem cuidado é uma forma de louvor: “O corpo é templo do Espírito”, afirma.

Apesar das críticas de setores mais conservadores, esse movimento de padres com estilo fitness e engajamento digital vem crescendo. O próprio Papa Francisco incentiva o uso das redes como forma de evangelização no século XXI.

Como exemplo disso, mil missionários digitais estão reunidos em Roma nesta semana para discutir os rumos da fé nas plataformas online — sinal de que os “padres moderninhos” chegaram para ficar.