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Nesta quarta-feira (9), a Terra vai girar um pouco mais rápido do que o habitual, fazendo com que o dia seja o mais curto de 2025. A diferença será mínima — apenas 1,30 milissegundo a menos do que as tradicionais 24 horas —, mas chama a atenção da comunidade científica.
De acordo com o portal G1, outras datas também devem apresentar encurtamentos semelhantes ainda neste ano: 22 de julho (com 1,38 milissegundo a menos) e 5 de agosto (com 1,51 milissegundo). O recorde anterior havia sido registrado em 9 de junho de 2022, com 1,59 milissegundo a menos. No entanto, o novo marco foi atingido no último dia 5 de julho, com -1,66 milissegundo.
Especialistas explicam que não há motivo para alarme. Conforme o diretor do Observatório Nacional, Fernando Roig, essas variações são normais, embora não totalmente compreendidas. "A rotação da Terra nunca foi totalmente regular", afirma. No passado, um dia durava cerca de cinco horas. Hoje, temos as atuais 24.
O que causa essas mudanças? As hipóteses incluem alterações no núcleo do planeta, na atmosfera, nos oceanos e até a influência da Lua. Ainda assim, a ciência segue em busca de explicações mais precisas.
O astrofísico Graham Jones, do site timeanddate.com, destaca que desde 2020 o planeta tem mostrado uma tendência de aceleração na rotação. Mesmo sendo diferenças de milissegundos, essa variação pode afetar sistemas como GPS e satélites, que dependem de extrema precisão.
Para efeito de comparação, um milissegundo equivale a 0,001 segundo — enquanto uma piscada dura cerca de 100 milissegundos e uma batida de asa de abelha, cerca de 5.
Pesquisadores como Leonid Zotov, da Universidade Estadual de Moscou, acreditam que o fenômeno esteja ligado ao interior do planeta, já que os atuais modelos atmosféricos e oceânicos não explicam totalmente a aceleração. A professora Hannah Fry, da Universidade de Cambridge, relembra que o planeta nunca foi um relógio muito confiável: há 430 milhões de anos, o ano tinha 420 dias.
Já o filósofo Julian Baggini destaca que a forma como sentimos o tempo é bem diferente da abordagem científica. “Para nós, o tempo tem passado, presente e futuro. Mas, na Física, isso não existe”, afirma.
Enquanto o mistério continua, uma coisa é certa: esta quarta-feira será a mais curta do ano — mesmo que ninguém perceba.
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