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Toque perigoso: estudo aponta que telas sensíveis ao toque aumentam riscos ao volante

POR Marcos Paulo | 24/12/2025
Toque perigoso: estudo aponta que telas sensíveis ao toque aumentam riscos ao volante
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A presença de telas sensíveis ao toque nos veículos modernos se tornou quase padrão. Por meio desses sistemas, motoristas controlam navegação, ar-condicionado, multimídia e diversas funções do automóvel. No entanto, apesar da praticidade, um estudo da Universidade de Washington, em parceria com o Instituto de Pesquisa da Toyota, acende um alerta: o uso dessas telas durante a condução pode comprometer de forma significativa a segurança no trânsito.

 

A pesquisa, intitulada Telas sensíveis ao toque em movimento: quantificação do impacto da carga cognitiva em motoristas distraídos, identificou uma forte interferência entre dirigir e interagir com o painel digital. Os dados mostram que, durante a condução, a eficiência no uso da tela caiu mais de 58%, enquanto o desvio lateral do veículo dentro da faixa aumentou cerca de 42%.

 

Conforme o esforço mental do condutor aumentava, os movimentos das mãos se tornavam mais lentos. Os participantes levavam mais tempo para tocar nos comandos e realizavam menos ações por segundo, mantendo a precisão, porém com interações mais lentas e menos eficientes.

 

Outro dado relevante é que os motoristas reduziram em aproximadamente 26% o tempo em que olhavam diretamente para a tela, permanecendo mais focados na estrada. Segundo os pesquisadores, esse comportamento é uma reação instintiva para priorizar a condução e limitar tarefas secundárias.

 

O estudo também identificou um padrão curioso: em situações de maior sobrecarga mental, os participantes estendiam a mão em direção aos comandos antes mesmo de olhar para eles, indicando que já tinham uma noção prévia da posição dos botões. Esse comportamento, chamado de “mão antes do olhar”, ocorreu em quase 72% das interações.

 

A pesquisa contou com 16 participantes, que utilizaram um simulador de condução enquanto realizavam tarefas comuns do dia a dia, como ajustar o áudio, fazer ligações ou enviar mensagens. Durante os testes, foram avaliados o esforço mental, os movimentos oculares, a atividade eletrodérmica — indicador de estresse —, as ações das mãos, o desempenho no uso da tela e o controle do veículo.

 

Como solução, os pesquisadores sugerem que os sistemas sejam repensados para reduzir a distração. Entre as recomendações estão o uso de feedback sonoro ou tátil, botões maiores e com mais contraste, além de interfaces inteligentes capazes de identificar quando o motorista está sob alta carga cognitiva. Nessas situações, funções não essenciais poderiam ser temporariamente limitadas ou o condutor alertado a voltar a atenção para a estrada.

 

Com informações de Público.

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