A Vivo não vai encerrar o serviço de telefonia fixa, apesar de títulos enganosos que passaram a circular na internet desde a última segunda-feira (16). As publicações, com viés sensacionalista, provocaram um aumento repentino nas buscas por termos como “Vivo encerra telefonia fixa”, conforme dados do Google Trends, mas não refletem a realidade.
O que está em andamento é uma mudança regulatória já anunciada meses atrás e que não traz impacto imediato para os consumidores. A partir de 31 de dezembro de 2025, a operadora deixará o regime de concessão e passará a atuar no modelo de autorização no Serviço de Telefonia Fixa. A alteração foi oficializada em abril deste ano, por meio de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Com a migração, a Vivo passa a operar a telefonia fixa como um serviço privado, ganhando mais flexibilidade para investir em novas tecnologias. Em relatório financeiro, a empresa informa que pode levantar cerca de R$ 3 bilhões com a venda de cobre da antiga rede e pelo menos R$ 1,5 bilhão com a venda de ativos, como imóveis que abrigam centrais telefônicas.
Segundo a operadora, os recursos serão destinados a projetos de longo prazo. “Vamos investir em projetos a serem entregues em 5 a 10 anos, focados na expansão da nossa cobertura móvel e rede de fibra, enquanto mantermos o serviço de voz fixa em lugares onde somos a operadora de último recurso até 2028”, destacou a empresa em relatório.
Atualmente, no regime de concessão, a telefonia fixa é tratada como serviço público, com regras rígidas e obrigações herdadas de um cenário tecnológico antigo. Já no regime de autorização, a prestação do serviço passa a seguir um modelo mais moderno, alinhado às novas demandas do setor de telecomunicações.
A Vivo afirma que a mudança faz parte de um plano gradual de desativação da antiga rede de cobre, com migração dos clientes para tecnologias mais modernas, como a fibra óptica e soluções digitais. Ainda assim, a empresa garante que continuará oferecendo telefonia fixa em regiões onde não houver alternativas viáveis, atuando como operadora de último recurso até, pelo menos, 2028.
O que muda para o consumidor?
Para os clientes, não há cancelamento automático do telefone fixo. A migração para novas tecnologias será feita de forma gradual, e o serviço continuará disponível, principalmente em locais sem cobertura adequada de outras soluções.
Por que surgiram boatos sobre o fim do serviço?
O assunto voltou a circular recentemente de forma distorcida. Alguns sites resgataram a mudança de regime fora de contexto e utilizaram títulos alarmistas para atrair cliques, o que não corresponde às informações oficiais divulgadas pela Vivo e pela Anatel.
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